Movimento pleiteia resgate histórico do papel da Princesa Leopoldina na Independência do Brasil

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#foiela quer incluir o dia 2 de setembro no Calendário Histórico Brasileiro

Uma evidência histórica datada de 1822, mais precisamente do dia 2 de setembro daquele ano, e ainda desconhecida do grande público, pode alterar de forma definitiva a compreensão do movimento de independência do Brasil e dar o devido reconhecimento oficial a uma personagem fundamental para o processo de fundação do Brasil Império: Maria Leopoldina de Áustria, a "Imperatriz Leopoldina" (1797-1826), esposa do imperador Dom Pedro I (1798-1824). 

É o que observa o movimento #foiela, formado por intelectuais, personalidades e formadores de opinião, baseados em evidenciar achados históricos registrados em obras como “1822”, de Laurentino Gomes, publicado pela Nova Fronteira em 2010 e reimpresso pela Globo Livros a partir de 2015;

O que dizem os historiadores é que, ao se ausentar da Corte em agosto de 1822, por conta de sua viagem a Portugal, Dom Pedro I transferiu oficialmente, pela primeira vez, o poder de governo do Brasil à Leopoldina, que passava a ser a Regente do Brasil. Dias depois da partida de Dom Pedro, a Princesa Leopoldina tomou conhecimento de uma mensagem da Coroa Portuguesa exigindo que a família real voltasse imediatamente para Portugal. Coube a ela convocar José Bonifácio e o Conselho de Estado para definir o futuro do Brasil. 

No dia 2 de setembro de 1822, esse grupo, liderado pela Princesa Regente, se decidiu pela independência. Coube a ela, então, assinar a carta que seria entregue a D. Pedro e que formalizava a posição que se acreditava ser a mais acertada para eles e para a nação. Sob presidência dela, foi deliberado ao D.Pedro realizar a independência política entre Portugal e o Brasil e que culminou no grito do Ipiranga.

Movimento #foiela

O #foiela é um movimento apoiado pelo grupo "Mulheres do Brasil", liderado pela empresária Luiza Trajano, que pleiteia que, oficialmente, a história brasileira dê à Imperatriz o devido reconhecimento e resgate histórico do seu papel no processo que colocou o País na fase Imperial. 

O público, composto de intelectuais, historiadores e personalidades, tem compartilhado a mensagem, nas redes sociais, e vídeos gravados por personalidades convocando seus seguidores a compartilhar a hashtag #foiela e passar essa história adiante.